quarta-feira, 27 de agosto de 2008

De Den Hagg a Leiden

Dia 6 dos 16 de InterRail

Nem o barulho do berbequim, devido às obras em casa da Sílvia e Wibe, nos incomodou e acordámos bem dispostas, num dia soalheiro e quente, em Den Haag. Um ambiente holandês completamente atípico.

Tomámos um café expresso, numa requintada esplanada, perto do famoso Tribunal de Haia.
Após uma caminhada pela zona comercial da cidade, dirigimo-nos para o Escher Palais. Um antigo palácio que foi transformado em museu em homenagem ao artista MC Escher.


Um museu de três pisos muito acolhedor .
Vimos alguns originais de madeira cravada, com que Escher pintou muitas das suas litografias de paisagens, auto-retratos, etc. Mas Mauritus C. Escher, é conhecido pela forma enigmática com que desenha. Os jogos de (as)simetria, as escadas que sobem e descem em simultâneo, as metamorfoses animais que se repetem infinitamente e o explorar dos limites entre a tridimensionalidade e a bidimensionalidade, fazem dele um ser único que teve uma capacidade ímpar de criar ilusões ópticas.













Depois, seguiu-se a Mauritshuis Den Haag. Era lá que estavam as obras mais emblemáticas de Vermeer. Embora nos cedessem gratuitamente o autoguia, não foram flexíveis na questão das fotografias. Totalmente proíbido qualquer tipo de registo fotográfico, avisaram. Só que mesmo assim e, tratando-se de duas turistas bem tugas, ignorámos o aviso e, discretamente, tirámos algumas a que apelidámos de "fotos à socapa", para que pudessem comprovar que estivémos bem perto do quadro " A rapariga de brinco de pérola", de Vermeer.

Surpreendeu-nos pelo tamanho. Imaginávamo-lo maior.

Já ultrapassando em muito a hora de almoço, decidimos seguir a sugestão da Sílvia e procurar o La Place no V& N, onde podíamos matar as saudades de uma bela sopa. Cheguei à conclusão, que tenho de ensinar aquele povo, como é que se faz uma sopa de verdade. Escolhi o que eles chamam de sopa de vegetais. É muito fácil descrevê-la. Simplesmente água fervida com sabor a caldo knorr, meia dúzia de massas e algo de verde, para que justificasse o nome.

Mais tarde e a continuar a ter saudades de sopa, fomos despedirmo-nos da família Martinho que tão bem nos acolheu. Na estação de Leiden, às 18h30, estava um vaguense habita há alguns anos naquela cidade, à nossa espera.

O Francisco, fez-nos uma visita turística de carro e mostrou-nos o quão Leiden é bonita e simpática. Também levou-nos a provar as belas cervejas holandesas, numa esplanada, com vista sobre os inúmeros bares recheados e animados que enfeitavam o canal.


A noite estava fantástica! Quente e com um luar perfeito! Decidimos então, depois de um belo jantar num restaurante italiano, contemplá-la novamente numa esplanada. Só o pudemos fazer até à meia noite, uma vez que é norma na Holanda, os bares fecharem a essa hora. Leis estranhas...Contra-sensos de um país onde o liberalismo impera!

Acatámos e antes de ir para casa, passeámos a pé pela pacata cidade de Leiden.

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