sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Rumo a Praga

Dia 8 dos 16 do InterRail


Este dia foi passado praticamente dentro de comboios. O destino era Praga, na República Checa.

Fizémos duas paragens breves na Alemanha, uma em Dresden e outra em Berlin, só para troca de linhas e continuar o nosso destino.

Na falta de bateria nos telemóveis de ambas, em Portugal andava tudo num alvoroço preocupadíssimos e a tentar entrar em contacto connosco. Por saberem da nossa viagem, nesse mesmo dia, a notícia do dia era de um descarrilamento de um comboio internacional com o mesmo destino a Praga, provocando vários mortos e feridos.
Alheias ao que se passava, aproveitámos a viagem para dormitar ou de vez em quando, admirar a paisagem relaxadamente. Imensos espaços verdejantes, repletos de girassóis, casas de campo espalhadas aqui e ali com animais a pastar à volta delas. Muito bonito! Fazia lembrar o Portugal mais recôndito.

Na última estação ferroviária alemã, bem perto da fronteira com a República Checa, surge uma companhia de carruagem, bastante estranha. O ar suspeito despertou-nos. Apresentou-se. Era um húngaro com uma vida duvidosa, a nosso ver, que facilmente começou-nos a falar de todo o tipo de drogas e esquemas inerentes. Receosas, mantivémo-nos distantes até que, numa outra paragem, entraram dois noruegueses, o Sebastian e Ludovic. Com a chegada deles, os temas de conversa dispersaram e voltámos a ficar mais tranquilas.

Às 18h30, chegámos a Praga, numa estação medonha. Na fila do multibanco para levantar dinheiro, por detrás de mim, estava uma mulher a ser esbofeteada pelo próprio marido. Quase me tocou! Rapidamente quisemos sair e encontrar o hotel, onde tinhamos as nossas reservas para as duas noites seguintes.
Enquanto falávamos entre nós, julgando sermos as únicas portuguesas perdidas naquela parte da cidade, eis que ouvimos: " A estação central parece-me bem...mas para onde é?". Surpresas, apercebemo-nos que havia alguém tão desorientado quanto nós. Era o Jorge, um bracarense que ia estudar durante 6 meses em Praga e que também tinha acabado de chegar. Acompanhou-nos e acabou por arranjar quarto no mesmo hotel.

Chegados ao Hotel Apollon de *** e 1/2, eis que conhecemos aquela que se viria a revelar na única pessoa checa simpática, o recepcionista. A reserva fizemo-la ainda em solo portugês, na véspera de irmos de InterRail, por isso estávamos expectantes quanto ao quarto. Comprovou-se que correspondia às expectativas da net. Muito bom!













Depois do check in, fomos desafiar a sorte e tentar encontrar um restaurante aberto. Segundo nos informaram no hotel, é norma checa fecharem todos às 10h e já passava. Encontrámos uma pizzaria aberta. Comemos bem e barato. Por uma pizza para três, mais duas cervejas e uma água pagámos 120KC (aproximadamente 9€). Habituadas a andar há sete dias em sítios que por essa quantia, comíamos mal e ainda passávamos fome, achámos uma bagatela aquele preço.
A seguir, decidimos ir até um bar, continuar a confraternização.


Para aproveitar o ecrã plasma que tinhamos no quarto e na tentativa de nos mantermos minimamente actualizadas ao que se passava no resto do mundo, assistimos à inauguração dos jogos Olímpicos em Pequim. Tudo isto enquanto jogávamos Uno e dividíamos uma tablete de chocolate com "ervas aromáticas".

Quem acham que perdeu?

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