A viagem de Pampilhosa até Handaya, foi no mínimo, um descobrir de estórias brasileiras, em que a narradora foi a Tamára, colega de carruagem. No final, houve troca de "balas" que serviram para adoçar a nossa amizade.
Às 9h30, do dia seguinte, eis que chega o tão esperado TGV, que nos levava à ansiada capital francesa. Seria uma viagem perfeita, se não fosse o fernezim que houve de troca de lugares, a família com três crianças incrivelmente energéticas, a companhia do lado emitir uns ruídos sonolentos e o enjoo expressivo da figura frontal.
Às 14h30 chegámos a Paris. Não nos desiludindo, foi assim que a cidade nos recebeu. Cinzenta, como sempre nos habituou.
Na Gare de Montparnasse, apressámo-nos em alugar "consignes", de forma a descansar as costas da pesada mochila e, mais leves, percorrêssemos o Champ Elysees (La vie en rose), deslumbrássemos bem de perto a famosa torre e passássemos na ponte de La Concerne, que de tons cinzento e dourado, nos dá uma passagem deslumbrante sobre o Sena, proporcionando uma vista sumptuosa sobre uma parte da cidade.
Mais tarde, regressámos à Gare de Montparnasse. A incapacidade de troca de informação em inglês, levou-nos ao Alexander, brasileiro, em doutoramento na Universidade de Aveiro, que com a sua elevada simpatia e gentileza, fez-nos a reserva no Aubergue de Jeunesse d`Artagnan, rue Vitruve - 75020 Paris. A rua, faz lembrar Da Vinci, mas tanto a zona como o hostel, tinham muito pouco de magnífico. Foi a pensar na nossa categoria de "turista de pé rapado" e nos imensos dias que tinhamos pela frente, que nos levou até lá. Privacidade, não fazia parte das normas do D`Artagnan. 19€ a noite, com direito a um pequeno almoço medíocre, partilha de balneários medianos, como também, a dividir quarto com duas sul coreanas, felizmente de fácil trato e simpáticas, que por terem nomes de extrema dificuldade para a memória ocidental, rapidamente lhes alcunhei de Shop Suey e Shao Min.
Depois de um banho, deitámo-nos cansadas, a pensar no D`Orsey e no Louvre e, no quão excitante iria ser no dia seguinte, vermos obras emblemáticas que tanto gostamos e apreciamos, mas que sempre nos habituámos a ver em livros de história de arte e enciclopédias.
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