segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Apetece-me partilhar
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Recordações orientais
Agora, resta-me pousar durante uns tempos no meu belo Lameiro da Serra, até que decida por outro destino que me obrigue a levantar vôo novamente.
domingo, 21 de setembro de 2008
Tchoi Kin Ou Mun
sábado, 20 de setembro de 2008
Sentimentos macaenses
Neste sábado soalheiro e quente, acordo com um soar de uma guitarra que acompanha o Chico Buarque. É o Zé Maria com os seus fantásticos dotes musicais. Parecia fazer de propósito e proporcionar-me das melhores manhãs macaenses. Interpreto cada palavra que se relaciona e deambula entre adjectivos e outras tantas mais. A melancolia é bem patente e quase que derrubam lágrimas que me esforço não deixar escorrer.
O acervo de conhecimentos é enorme e misturam-se com tantos outros já adquiridos.
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Apaixonada pelo Oriente
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Viva la vida!
E foi o pagamento de 86€ pelo bilhete de TGV até Bordéus. Apesar disto, tivémos de permanecer até ao dia seguinte em Marselha. Ultrapassado em muito o nosso orçamento, optámos por ficar a dormir na estação. À meia noite e meia, os seguranças indicaram-nso uma sala de acolhimento, onde poderíamos passar a noite. Dirigimo-nos até lá. Por momentos não sabiamos onde era mais seguro, se na rua ou numa sala com bons metros quadrados, mas que servia de albergue para emigrantes, provavelmente clandestinos ou sem residência fixa, mendigos e alcoólicos. Encontrámos rapidamente um canto. Sentámo-nos e caladas, com receio de soltar qualquer gemido, observávamos cada pessoa que entrava. Medo! Muito medo! Não sei que plavras usar para descrever tal episódio inigualável na nossa vida. Havia pessoas dos 0 aos 90 anos, todos praticamente oriundos do norte de África, logo a lingua que predominava era o árabe, famílias inteiras entravam com cobertores e almofadas na mão. O choro, o escarrar, os gritos de discussão por um estar a ocupar o lugar indevido era constante. Provavelmente, estaríamos no lugar de alguém,mas ninguém teve a coragem de nos incomodar. Talvez o nosso ar de assustadas era bastante intimidador.
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Veneza, o romantismo mora aqui.
Mal saimos da estação esboçámos um enorme sorriso.
Sempre quisémos conhecer esta cidade italiana, onde as ruas eram feitas de canais e onde os carros dão lugar aos barcos e gôndolas. Pois a curiosidade de menina deu lugar à determinação, e agora lá estavamos nós, na famosa Veneza.
A cidade não deixou nada a desejar aos meus sonhos de criança. A cidade não segue a lógica de uma cidade normal, afinal ela não tem nada de comum. As ruas seguem o rumo dos canais e mesmo orientadas por um mapa, é natural perdermo-nos. Os labirintos também fazem parte dela e que deu aso a grandes risadas sempre que nos perdiamos.
Apanhámos um"busboat" até à Piazza San Marco. Escolhemos o mais lento, para admirar o mais possível todo o passeio. Fizémo-lo quase em silencio, sinónimo de espanto e admiração, por cada edifício que enfeitava o canal principal.
A imponente Basílica de San Marco é a atração principal da famosa praça. Com uma fila enorme para a visitar e com a certeza que voltaríamos, preferimos aproveitar e conhecer melhor cada recanto da cidade. No fim de contas e sem querer desprestigiar os seus monumentos, a principal atração de Veneza é a cidade em si e tudo o que ela transmite.
Tal como todos os outros turistas, divertimo-nos com as centenas de pombas que coabitam com os venezianos. Não se intidam com o ser humano, basta estender os braços que tomam-nos como sendo ramos de árvore e pousam à espera de uma recompensa.
Sem nada em troca, muitas simpatizaram connosco e lá nos cumprimentaram.
Numa tarde abrasadora, parámos para beber uma "birra". Repentinamente, surge uma nuvem bastante escura que tapou o sol e transformou o céu.
À noite, os restaurantes enchem e os canais refletem as luzes da cidade, dando um toque especial ao lugar, que se torna ainda mais romântico.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Por terras de Mozart
Às 8h55 da manhã, já estávamos em Viena. Como não pretendíamos dormir em terras austríacas, mal chegámos tratámos da reserva para o nosso último destino, Veneza em Itália.
Mais uma vez foram inflexíveis nas fotografias. Nem sem flash era permitido e com tantos seguranças a vigiar, foi impossível tirar alguma.
De corredor em corredor, finalmente chegávamos à sala onde estavam as obras mais emblemáticas de Klimt. Lá estava eu diante do meu quadro preferido. 180 cm por 180 cm, onde o dourado prevalecia com cores vivas misturadas, que transmitia uma mensagem única cheio de romantismo. Confesso que fiquei estarrecida perante grandiosa obra. Ainda era mais soberba! Por estar protegido sob um vidro à prova de bala, impossibilitou-nos de ver em detalhe as técnicas usadas.
Sentíamos que mais um grande objectivo tinha sido cumprido neste InterRail "cultural".
Naquele dia em que as forças começavam a falhar pela primeira vez, vagueámos devagar, de modo a apreciar o melhor possível tudo o que viamos. Desde igrejas, fontes, estátuas, ruas, jardins tudo fazia parte de Viena e era lindo.
Chegadas à praça principal de Viena, espantámo-nos com a quantidade de Mozarts espalhados na rua a cativar a atenção dos turistas, de forma a convidá-los a assistir às famosas óperas e outros espectáculos. Apesar de estarem também na nossa lista de objectivos a cumprir, optámos por adiá-lo para outra ocasião. Limitámo-nos a ver o que nos rodeava e achar que de facto, a capital austríaca é linda e que muita coisa ficou para ver. Toda ela enfeitada de edifícios históricos, mas rodeada de modernismos arquitectónicos que evidenciavam assim um país bastante evoluído e rico em muitos sentidos.
Às 20h40 tinhamos o comboio que nos levava a Veneza. Antes, por 3€ tomámos banho na estação. Tinhamos direito a meia hora e um balneário bem limpo.
Seguiam-se onze horas de viagem até Itália.
terça-feira, 2 de setembro de 2008
A malta em Budapeste
Não fazia parte do nosso roteiro inicial feito em Portugal, mas ainda bem que nos lembrámos dela em Praga. Sem dúvida, uma cidade pela qual nos apaixonámos e não nos importávamos de voltar.
Acordámos bem cedo, tomámos o pequeno almoço no hotel, apanhámos o autocarro que nos levou até Peste. Antes de começarmos a percorrer toda a cidade a pé e de mochilas às costas, entrámos num café requintado italiano para beber um café expresso. O café era muito bom e a conta foi 13000F (cerca de 6€).
Energias recarregadas, atravessámos a Ponte dos Leões para voltarmos a Buda, mas também para admirarmos Peste, com Danúbio no meio. Paisagem romântica e calorosa. Sem dúvida que se recomenda.
Continuámos...
Antes da bateria da máquina acabar, ainda pudémos registar o Parlamento e a Ponte mais antiga de Budapeste que é um símbolo para a cidade. Faz parte da história da cidade, foi construída por engenheiros ingleses com o intuito de unir Buda e Peste, formando assim a capital.
Andámos sempre até à mesma estação do dia anterior, para reservar lugar no comboio do dia seguinte com destino a Viena. Com sorte, chegámos 5 minutos antes do serviço internacional fechar. O Jorge optou por regressar à Republica Checa, nós seguíamos com o roteiro do InterRail. Os horários eram os seguintes: 5h25 comboio internacional com destino a Praga e às 5h55 com destino a Viena.
Antes de jantar, optámos por uma cerveja num bar com a intenção de carregar um pouco as baterias dos telemóveis e máquina fotográfica. Como a noite estava muito agradável, entusiasmámo-nos com a conversa e, sem fome, quando demos por ela, era demasiado tarde e já tinhamos gasto quase todos os florins em cerveja. Valeu-nos a ida ao supermercado, antes de entrar, para abastecermo-nos de leite, iogurtes e croissants para o pequeno almoço.
À 1h da manhã e com as baterias cheias, fomos abancar para a porta da estação à espera que abrissem. A nossa primeira noite na rua. Primeiro algo receosas, depois sentimo-nos seguras, reparámos que havia patrulhas constantes de polícia. O Jorge foi o nosso guarda-costas e enquanto dormíamos, manteve-se acordado e a tomar conta de nós. Por volta das 4h30, um sem-abrigo alerta-nos de que já podíamos entrar, as portas tinham-se aberto.
Chegava o momento da despedida. Dissémos um "encontramo-nos em Portugal" para aquele que foi a nossa melhor companhia dos últimos três dias, o puto Jorge com cara de Pedro, que surgiu do nada numa estação medonha de Praga.