quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Por terras de Mozart

Dia 12 dos 16 de InterRail

Às 8h55 da manhã, já estávamos em Viena. Como não pretendíamos dormir em terras austríacas, mal chegámos tratámos da reserva para o nosso último destino, Veneza em Itália.

De seguida, alugámos os cacifos para guardar a trouxa. Praticamente não dormimos e precisávamos de cafeína para arrebitar, logo a procura de um bar foi quase imediata.
Tínhamos um grande objectivo e sonho na Áustria, ver "The kiss" de Gustav Klimt, por isso queríamos estar bem despertas.
Situava-se num antigo palácio convertido agora no Museu Belvedere. A imagem faz parte da moeda de 20 cêntimos do Euro da Áustria.


Mais uma vez foram inflexíveis nas fotografias. Nem sem flash era permitido e com tantos seguranças a vigiar, foi impossível tirar alguma.
De corredor em corredor, finalmente chegávamos à sala onde estavam as obras mais emblemáticas de Klimt. Lá estava eu diante do meu quadro preferido. 180 cm por 180 cm, onde o dourado prevalecia com cores vivas misturadas, que transmitia uma mensagem única cheio de romantismo. Confesso que fiquei estarrecida perante grandiosa obra. Ainda era mais soberba! Por estar protegido sob um vidro à prova de bala, impossibilitou-nos de ver em detalhe as técnicas usadas.
Passámos pela loja dos souvenirs do Belvedere. Não podendo ter o original e sendo bastante difícil ter uma réplica em minha casa, contentei-me em comprar um postal. Hoje, está exposto na minha cómoda.
Saimos pelas traseiras do museu. Fazendo jus ao antigo palácio que foi, tinha um magnífico jardim que dava até a parte histórica da cidade repleta de museus e edifícios soberbos.


Sentíamos que mais um grande objectivo tinha sido cumprido neste InterRail "cultural".

Naquele dia em que as forças começavam a falhar pela primeira vez, vagueámos devagar, de modo a apreciar o melhor possível tudo o que viamos. Desde igrejas, fontes, estátuas, ruas, jardins tudo fazia parte de Viena e era lindo.

































Surpreendidas, apercebemo-nos que havia uma exposição de Tutanchamun e toda a história egípcia no Museum für Völkerkunde, na zona do Museums Quartier. Garantiram-nos que a própria múmia do antigo rei estava lá. Apesar do preço, optámos por não deixar de espreitar. No fim de contas, estávamos perante objectos luxuosos com milhares de anos e que faziam parte duma cultura que enriquece a história humana. Custava 18€, mas nesse dia fizeram-nos um desconto de 50%.

Chegadas à praça principal de Viena, espantámo-nos com a quantidade de Mozarts espalhados na rua a cativar a atenção dos turistas, de forma a convidá-los a assistir às famosas óperas e outros espectáculos. Apesar de estarem também na nossa lista de objectivos a cumprir, optámos por adiá-lo para outra ocasião. Limitámo-nos a ver o que nos rodeava e achar que de facto, a capital austríaca é linda e que muita coisa ficou para ver. Toda ela enfeitada de edifícios históricos, mas rodeada de modernismos arquitectónicos que evidenciavam assim um país bastante evoluído e rico em muitos sentidos.












Às 20h40 tinhamos o comboio que nos levava a Veneza. Antes, por 3€ tomámos banho na estação. Tinhamos direito a meia hora e um balneário bem limpo.

Seguiam-se onze horas de viagem até Itália.

1 comentário:

Bruno Julião disse...

Viajar é viver a sério, não é?

Estou cheio de inveja da vossa aventura…Se pudesse, viajava o resto da vida. Seria uma das minhas excentricidades, caso fosse euromilionário. Já sei quem chatear quando mais ninguém quiser ir ver Paula Rêgo a Madrid ou fazer uma viagem qualquer…

“O essencial é invisível aos olhos”…de facto, excelente post.

E afinal, qual é o teu quadro preferido de Klimt? O Beijo?

Ah, e grandes fotos...