Não fazia parte do nosso roteiro inicial feito em Portugal, mas ainda bem que nos lembrámos dela em Praga. Sem dúvida, uma cidade pela qual nos apaixonámos e não nos importávamos de voltar.
Acordámos bem cedo, tomámos o pequeno almoço no hotel, apanhámos o autocarro que nos levou até Peste. Antes de começarmos a percorrer toda a cidade a pé e de mochilas às costas, entrámos num café requintado italiano para beber um café expresso. O café era muito bom e a conta foi 13000F (cerca de 6€).
Energias recarregadas, atravessámos a Ponte dos Leões para voltarmos a Buda, mas também para admirarmos Peste, com Danúbio no meio. Paisagem romântica e calorosa. Sem dúvida que se recomenda.
Continuámos...
Antes da bateria da máquina acabar, ainda pudémos registar o Parlamento e a Ponte mais antiga de Budapeste que é um símbolo para a cidade. Faz parte da história da cidade, foi construída por engenheiros ingleses com o intuito de unir Buda e Peste, formando assim a capital.
Andámos sempre até à mesma estação do dia anterior, para reservar lugar no comboio do dia seguinte com destino a Viena. Com sorte, chegámos 5 minutos antes do serviço internacional fechar. O Jorge optou por regressar à Republica Checa, nós seguíamos com o roteiro do InterRail. Os horários eram os seguintes: 5h25 comboio internacional com destino a Praga e às 5h55 com destino a Viena.
Antes de jantar, optámos por uma cerveja num bar com a intenção de carregar um pouco as baterias dos telemóveis e máquina fotográfica. Como a noite estava muito agradável, entusiasmámo-nos com a conversa e, sem fome, quando demos por ela, era demasiado tarde e já tinhamos gasto quase todos os florins em cerveja. Valeu-nos a ida ao supermercado, antes de entrar, para abastecermo-nos de leite, iogurtes e croissants para o pequeno almoço.
À 1h da manhã e com as baterias cheias, fomos abancar para a porta da estação à espera que abrissem. A nossa primeira noite na rua. Primeiro algo receosas, depois sentimo-nos seguras, reparámos que havia patrulhas constantes de polícia. O Jorge foi o nosso guarda-costas e enquanto dormíamos, manteve-se acordado e a tomar conta de nós. Por volta das 4h30, um sem-abrigo alerta-nos de que já podíamos entrar, as portas tinham-se aberto.
Chegava o momento da despedida. Dissémos um "encontramo-nos em Portugal" para aquele que foi a nossa melhor companhia dos últimos três dias, o puto Jorge com cara de Pedro, que surgiu do nada numa estação medonha de Praga.
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