segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Objectivo: Hungria

Dia 10 dos 16 do InterRail

Às 11h33, havia o primeiro comboio para Budapeste. À última da hora, o Jorge decidiu acompanhar-nos até à capital húngara. Foi uma correria frenética entre autocarros e outros transportes até à última, mas a fila do serviço internacional tornou impossível irmos os três naquela hora.

Plano B: 15h33 na mesma estação.

Alugámos cacifos para guardar as mochilas e, mais leves, decidimos ir fazer o reconhecimento da universidade, onde o Jorge ia passar os 6 meses seguintes. Ficava afastada do centro de Praga. Num sítio que parecia abandonado e a dar a entender que só haveria algum alvoroço em tempo escolar.

Almoçámos e abastecemo-nos num supermercado para as sete horas de viagem que se seguiam até Budapeste.

Chegados aos nossos lugares, dormimos por instantes. Mais tarde e despertos, continuámos a jogar o Uno e assistíamos ao constante desfile de personagens...estranhas. Soubemos mais tarde que em Budapeste, no dia 12 de agosto, começava um dos maiores festivais da Europa. A grande cabeça de cartaz eram os Iron Maiden, por isso, acho dá para imaginar como se comportavam os nossos colegas de carruagem.

Conhecemos a Susan. Uma alemã que seguia para a Sérvia, numa missão de voluntariado durante um mês. Não conhecia Portugal, por isso imediatamente a obrigámos a prometer uma visita por Aveiro no próximo ano. Eramos três contra uma, logo não resistiu à pressão.

Entretanto conhecemos quatro irlandesas, giras e extremamente simpáticas. Andavam também de InterRail, enganaram-se no destino e foram surprendidas, quando na Estação de Brastilava, se aperceberam que estavam na direcção errada e longe de Viena. Num histerismo que chamou a atenção de todos, decidiram então continuar. Metemos conversa e despedimo-nos desejando-lhes boa sorte, já na estação húngara, do lado de Peste.

Chegámos às 22h30 e tinhamos de fazer o ckeck in no hotel antes da meia noite. Primeira preocupação era converter alguns euros em florins, em seguida comprar algo comestível para aliviar a fome e por último, apanhar um táxi que nos levasse até ao Hotel Griff Junior *.

O primeiro contacto com húngaros, foi no mínimo estranha. A estação, muito bonita parecia arquitectura do Eiffel, estava repleta de gente ainda mais esquisita. Com a pior má vontade do mundo, numa roulote estacionada na rua, foi-nos servido um hambúrguer. De seguida, numa velocidade assombrosa e por 4000F, um taxista levou-nos até ao destino. O Jorge no lugar do pendura, eu e a Ana atrás, íamos numa mistura de espanto com as luzes da cidade, assim como com receio da condução delirante. No final, dissémos a nacionalidade ao senhor ao que obtivémos como resposta com sotaque húngaro, " Oh Cristiano Ronaldo...Nani...José Mourinho".

Já no quarto e com tanta nota no bolso, de repente sentimo-nos quase num dos fortes do Tio Patinhas. Fotografámos para mostrar quanto é que valiam 20€ em florins. Mais tarde, fomos dar-lhes uso na noite de Buda. Até encontrarmos uma esplanada, apercebemo-nos do sossego e da limpeza daquela cidade. Muito bom!


No dia seguinte, a alvorada estava marcada para as 8h.

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